domingo, 1 de agosto de 2010

To be hurt. To feel lost!

Faz tempo que eu não escrevo e nem sei ao certo sobre o que quero falar. Não gosto de falar sobre mim, ou entrar em detalhes sobre o que acontece na minha vida, mas hoje me dei conta de que, simplesmente, não estou bem. Não sei porque, como ou quando isso aconteceu, aonde foi que começou. Não sei com quem conversar, está tudo aqui, preso dentro de mim. Mal escrevi algumas linhas e já é possível notar-se a palavra “não” escrita repetidas vezes. Pra que tanto não? Eu quero mais SIM.
ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ Então eu sim sei que ouvi coisas inapagáveis hoje. Que sim venho provocando sentimentos horríveis, sim tenho me magoado e magoado as pessoas ao meu redor. Se eu pudesse compreender, descobriria mil maneiras para tentar te explicar, e tentaria de novo e de novo até você entender. Nada disso estava planejado, nada. Toda essa dor, não era pra estar aqui. Ela está tomando o lugar da felicidade, do orgulho e do amor que um dia brilhou. E o que mais dói é aceitar que a culpa, SIM, é minha. Ninguém merece isso, ninguém merece conviver com quem estou me tornando.
ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ Ando tão cansada desse lugar, dessas sensações mortas, dessa escuridão fria. Um dia eu posso não mais conseguir salvar-me de mim mesma. Será tarde demais. E não estou pronta para perder tudo… O que eu devo dizer, pra tornar a sua dor menos doída? As pessoas me olham com pena, sei que me abraçam porque elas sentem culpa do que me torno todos os dias, mas ninguem tem culpa, eu tenho culpa e eu sei disso.
ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ Heróis, fadas, monstros… isso existe? Nesse abismo imenso que criei, expulsei a todos. E segui com meu caminho isolado, afastado. Azul, rosa, vermelho… preto. Essas cores se misturando, essas estradas não se cruzando. O que eu estou fazendo? Sou só eu? Dói a desaprovação, doem as palavras fortes que eu nunca quis escutar vindo de ninguém, muito menos de você. Será que nem isso vai durar para sempre? Não suporto continuar perdendo.
Dói, dói, dói e dói mais um pouco. Estou sufocada.
ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ Sinto muita falta de quem eu costumava ser, mas acho que você nunca vai sentir falta de nenhuma das minhas versões. Não de verdade. Seria até melhor pra você viver sem absolutamente nenhuma delas. Acho que seria melhor pra todo mundo. Esse som me agonia… me queimo, estou derretendo. Porque é difícil, muito. É pesado e é vazio e é frio. Estou com medo de ficar aqui, só. Não sou boa companhia.
ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ Algo que sei? é que eu adorava a forma como as pessoas diziam pra mim, que eu fazia tudo mais divertido, eu sinto falta da felicidade que eu tinha em acordar pela manhã, hoje eu me desconheço tanto, que tenho medo de acordar e fazer algo errado a vida toda. Eu tinha mais certeza dos meus atos, eu agia com tanta imprudencia como pela qual vivia. Eu era sim um ser totalemente diferente do que sou hoje. E eu sinto falta disso, mas sentir falta, não quer dizer que eu vou voltar a ser quem eu era, sinto falta quer dizer que ficou no passado, e eu tenho medo, medo que eu nunca mais volte a ser quem eu era de verdade.

Passavam me chamando de criança, de infantil, que nostalgia de ser criança, de ser infantil, de ser feliz...
Me ajude, por favor. Mude-me, revire-me, demita-me. Mata-me.. Algo.
O que eu estou fazendo?

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