segunda-feira, 28 de junho de 2010

Tudo que acontece na vida tem um momento

- Que é que esse menino tem que te deixa assim desnorteada, vivendo a vida às pressas? disse a mãe
Ela não conseguia admitir que realmente era incapaz de pensar toda vez que pensava nele. Mas hoje era diferente. Ela iria vê-lo e parecia irreal. Era um finalzinho de tarde, desses bonitos de se ver, de se apreciar junto. Mas tinham pouco tempo.. Grande ironia. Tanto tempo separados e tão pouco tempo juntos, era o preço desse amor. E ninguém entendia, eles não queriam que ninguém entendesse. Ela iria deixá-lo, amando mais do que qualquer outra vez. Ela correu para abafar a pressa e foi em direção ao abraço e olhar mais reconfortantes do mundo. Tinham de ser rápidos.
- Olha Pedro, sabe quando eu disse que nunca tinha amado ninguém, que você seria o primeiro e que eu queria que fosse o último?
- Como eu poderia esquecer o motivo do meu sorriso diário?
- Então.. Você chorou e eu chorei contigo, porque ambos sabíamos que era verdade, mas olha que desesperador, você não me diz se e nem quando volta, parece estrela cadente.
- Estrela que enche os olhos de ver?
- Estrela que ilumina, aquece, mas não dura o suficiente pra fazer um pedido.
- Então faça seu pedido agora..
Ele disse sorrindo e ela sabia que não escaparia.
- Fica Pedro, ou então me deixa ir.
- Agente não combinou de esperar um pelo outro, enquanto nossos corações batessem?
- Então porque é que você fica nesse vai e vem?
- Eu tenho procurado um corretivo eficaz Maria, é por causa do corretivo!
- Que corretivo?
- Algum que me impeça de ter essa vontade louca de sair do outro lado do mundo toda vez que você dá aquele sorriso bobo que eu conheço enquanto no telefone eu te digo mais uma vez pra ter cuidado.
Ela não sabia o que dizer, era um choro desses de adeus, de recomeço, de promessa.
- Mas porque você quer me apagar da tua vida?
Ele respirava tão rápido que a voz saiu meio entrecortada.
- Eu te abri minha vida, deixei que você escrevesse de caneta no meu coração e eu não consigo arrancar isso. Eu tenho que ir, mas sei que é verdadeiro.
- E como sei se é verdadeiro pra mim Pedro?
Ele com uma pose confiante dizia correndo em direção ao porto:
- Eu não sei Maria, mas pensa, me manda um cartão, dizendo se está bem e que não me esqueceu e eu saberei se isso não é passageiro, se eu posso voltar e te levar de vez.
- Mas como você vai saber onde me encontrar?
Ele voltou correndo, pra que pudesse sussurrar em seu ouvido:
- Se for pra ser, coloca seu coração na carta, é o único sinal que eu posso seguir. Eu vou segui-lo, porque o meu atrai o seu feito ímã e quando você me encontrar você vai saber.
- Como é?
- Você vai olhar o seu reflexo, dentro da minha alma.

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